Blog criado como espaço de encontro e provocações para que alunos dos cursos de licenciaturas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro aventurem-se na escrita, tornando-se autores de novas versões para histórias tradicionais e de histórias inéditas.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Biografia de um ornitorrinco, versão do ponto de vista do Canguru

Olá, vou contar uma história diferente, que se passa em um lugar diferente, com plantas diferentes e com personagens diferentes. Essa é a história de Orni a história de um ornitorrinco. Provavelmente vocês não devem conhecer esse animal, normal, não são famosos como os leões africanos e os ursos americanos, até eu mesmo não os conhecia ate encontrar meu amiguinho Orni. Nós somos da Oceania, sabe onde é? Acho que não, estão vamos começar nossa historia daí.
Na longínqua Austrália, na Oceania, bom ela fica perto... Ali do lado da..., é melhor eu mostra no mapa. Na região onde Orni mora, o clima é assim como a Amazônia do Brasil, uma enorme floresta fechada com arvores alta e temperatura muito quente, dentro dessa enorme floresta passava um rio, onde a mãe dele construiu o ninho, a minha casa é um poço diferente, não tem uma grande floresta, só um grande pasto e um lago, mas a historia não é minha e sim do meu amigo, continuando... Nesse lugar bem simpático, em minha opinião, começa minha história, mas como eu disse, ela começa de um jeito diferente, geralmente, as historias que vocês ouvem começa num lindo dia, o minha começa na pior tempestade que a Austrália já encarou. Nesse dia dona Ornitorrinca, se ausentou do ninho, na beira do rio, onde Orni e seu irmão estavam, porém eles não ficaram no ninho, não foi por culpa deles, com o vento e a chuva fomos jogados corredeira a baixo, com a turbulência do rio, foram separados. Orni desceu a corredeira e desviei das pedras e galhos, como um milagre, por fim eu e Emo, o emu, paramos os dois pobre animais que desciam descontroladamente o rio. Ao pegar aquela coisinha miúda, reparei que era um bicho pequeno, esquisitinho, com bico de pato, peludo, e patas estranhas, com uma cauda amassada, como se algo tivesse caído e esmagado ela...

Em terra firme, molhado e tossindo, os dois bichinhos se olharam e logo se reconheceram, estavam a se espanar todo para tirar o excesso de água, e logo após um abraço aliviante os dois se deram. O coraçãozinho daquela criatura parecia um tambor maluco! Aos poucos, enquanto eles se desassustavam, começaram a reparar nos heróis que nos salvaram eles, eu e meu amigo...não que eu queira ser chamado de herói mas eu mereço... E eles também estavam a reparar em nós dois, e diziam: "Que bichos esquisitos são esses?" (A vozinha deles era de criança, logo reparei que eles não eram da regiao). Emo, sendo um representante das aves australianas, fala pra mim com um tom de espanto: "É uma ave, Cangu, veja o bico". Logo falei: "Ah, que nada, se fosse ave tinha pena, mas tem pêlos, como euzinho! Repara só!", entre troca dos olhares curiosos, eles pareciam se perguntar o que nós éramos.
Emo e eu continuavam ali, como se esperássemos alguma reação daqueles bichinhos. O bichinho mais corajoso, o que Emo tinha salvo, corajosamente pergunta pra nós “quem ou o que são vocês?”...depois de uma longa risada, eu e o emu respondemos ”Eu sou Cangu, o canguru vindo do centro da Austrália,” e Emo responde “eu sou Emo, o emu, vindo também do centro da Austrália, e o que são vocês?” os dois baixinhos ficam calados observando aquela enorme ave cinza cheia de penas felpudas e um bicho pernudo, orelhudo e com um rabo enorme, daí comecei a entender o motivo dos olhares espantados, eu era estranho pra eles assim com eles eram pra mim...por um tempo o silencio permaneceu ali, e um deles falou “sou Orni, o ornitorrinco e vim da grande mata e esse é meu irmão Tobi”, logo reparei que eles tinham vindo de longe, pois encontravam-se a distantes da grande mata, e que precisávamos voltar pra ela, mas como? De um lado um rio cheio de pedras do outro um enorme deserto de pedras... eu reparei na preocupação do Orni, e perguntei “o que te incomoda amiguinho?” ele logo contou a historia dele, e resolvemos nos ajudar aqueles dois ornitorincos.
Simon era especialista em Austrália, pois ele é uma ave corredora, e já havia passado por diversos lugares desse país imenso, e com sua enorme experiência, o emu disse que era bem difícil chegar a grande mata, deveríamos pedir a sabia opinião da equidna, para que chegássemos à grande mata o mais rápido possivel... eu logo disse “então garotada, vamos começa a andança...” Eu e Emo logo nos colocamos a disposição para ajuda, e convenhamos, foi muito bem vinda e útil...Tobi, subiu nas costas de emu e eu na bolsa do Cangu, foi a coisa mais LEGALLLL q eu já fiz...pular com um canguru, alguém já fez isso? Se não, não sabe o q perde... Deixo essa dica... mas voltando a história, e alguns minutos de pulança e correria, chegamos a montanha da equidna, a principio o lugar era alto e meio assustador, porem começamos a escalada sem medo, eu fui na frente pois era mais rápido pulando de pedra em pedra, Orni e Tobi, logo atrás e o Emo, com dificuldades muuuuiiitoo lá atrás, em alguns longos minutos chegamos ao topo, e a única coisa q víamos era uma casa com uma bola de espinhos na frente, porem a bola de espinhos se mexeu e logo vii, uma coisa espinhuda com um focinho longo e olhos bem pequenos, que com uma voz gentil pergunta “no que posso ajuda-los?” Logo, com um enorme sorriso, perguntei o trajeto da grande mata, e a sabia equidna, para por uns minutos e responde, “siga sempre o Sol, passe pelo deserto de rochas, pelo vale do diabo e pelo campo Kiwi, assim você chegará a grande mata, porem tomem cuidado com os desafios que nesses lugares se encontram...” sem mais embolação começamos a nossa jornada.
Depois de caminhar horas chegamos ao deserto rochoso, um ar pesado e medonho, com plantas secas e cheias de espinhos, logo a frente algumas caveiras de algum animal azarado... E logo vimos à entrada em um lugar mais medonho ainda, onde um som tenebroso soava... Como se um bicho enorme morasse lá... Sim, estávamos no vale do diabo, escuro, frio e assustador, ouvimos uma passada rápida atrás de nós, assustados corremos o máximo que podíamos, ate encontrar uma luz, quando chegávamos perto dela, um bicho enorme, preto de olhos vermelhos caiu na nossa frente, um diabo da tasmânia, um bicho cheio de dentes, babando de fome, nos encarando...como se fosse nossos últimos dias...o que fazer naquela situação? Só restava uma coisa, rezar... e deu certo, quando nos sentamos e rezamos uma pedra enorme caiu na cabeça do bicho, era a senhora equidna que havia nos seguido ate lá, ela disse rindo vergonhosamente “sabia que esqueci de te fala sobre o diabo...” rapidamente saímos daquele lugar sombrio e um grande gramado verde e brilhante surgiu...era lindo e logo do outro lado já era possível ver a grande mata, aquele era o campo Kiwi, não parecia ser perigoso ate que no primeiro passo, um kiwi nos surpreende, uma ave pequena e gordinha, com um bico fino, passa correndo na nossa frente, minha mãe já tinha nos falado sobre esses bichinhos eles nunca param de correr, e se eles batem em você pode machucar muito...quando menos esperávamos um monte deles estavam correndo por todos os lados...assustados nos corremos também, foi a coisa mais loca do mundo, era kiwi pra todos os lados, foi como brinca de queimada, não podia deixar aquelas coisinhas nos acertarem se não já era...em algumas horas de desviação conseguimos chegar ao fim do campo e a grande mata estava ali, era a coisa mais linda que eu já tinha visto.
Em poucas horas de caminhada, por ela encontramos dona Ornitorinca, sentada chorando no ninho, quando ela nos viu, o abraço foi certo, contamos toda nossa aventura a ela e ao me ver junto com o Emo, convidou-nos  para comer uma deliciosa torta de amoras selvagem, especialidade dela...e aqui termina essa aventura, te disse que ia ser diferente! Espero que tenham gostado, pois pra mim, foi muito divertida, pelo menos pra mim... Até mais turma...

FIM

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